É própria dos simpósios a discussão, a troca de idéias, perspectivas que ajudam a elaborar, aprofunda e sistematizar a reflexão em torno de um determinado tema. Neste simpósio, o tema fala da secularização em seus diversos enfoques e níveis. Metodologicamente o evento é composto por palestras, oficinas, plenárias. Na primeira o professor Dr. Enrique Ali, desenvolveu a seguinte temática: “Visão histórica da secularização”. Iniciou sua fala dizendo que a secularização é um desafio da Missão de Deus no mundo atual. Desenvolver sua exposição, contextualizando historicamente a secularização. Ao concluir, não hesitou ao dizer que é impossível imaginar uma sociedade sem religião.
A segunda colocação foi ministrada por Dom Mário Moronta, bispo da Diocese de San Cristóvão, Venezuela, teve como foco “A Conversão Pastoral”. Sobre o tema, dizia dom Moronta, que a “conversão missiológica é medida pela maturidade da Igreja, que se expressa, por sua vez, pela prática da comunhão”. Assim como a Igreja deve estar em estado permanente de missão, deve estar igualmente em permanente estado de conversão. A Igreja é comunhão, para criar comunhão. Ela existe para evangelizar, dizia o bispo.
Pe. Pedro Trigo, jesuíta, professor na Universidade Católica na Venezuela, foi o terceiro expositor, enriquecendo o simpósio com uma profunda reflexão sobre o tema: “Vivência e transmissão do cristianismo quando não há transmissão ambiental”. Destacou que “Jesus sempre nos atrai e nos atrai com sua humanidade”. Destacou também, a necessidade de vencermos o individualismo e valorizarmos o testemunho. “Os verdadeiros testemunhos, são embriões da esperança da vida. A missão deve abraçar todas as instâncias da vida”.
A quarta e última palestra, ficou sobre a responsabilidade da Dra. Consuelo Veléz a partir do tema: “Leitura da realidade secularizante à luz da fé”. Consuelo, que fez sua palestra por meio de vídeo conferência, por não ter conseguido passagem da Colômbia à Caracas, iniciou com a seguinte pergunta: “Meio a realidade de secularização, quais os impedimentos para viver a experiência de fé”? Na reflexão ela dizia: “não devemos temer o humano, não se deve temer a encarnação. Através do humano vivemos o sonho de Deus para a humanidade”. Ao concluir dizia que Deus não condena. “Precisamos entender isto para fazermos a experiência de fé”. Devemos nos lançar mar adentro e lançar as redes utilizadas por Jesus para perceber a manifestação de Deus na história.
Pe. José Altevir da Silva, CSSp
Assessor da Dimensão Missionária da CNBB
fonte: http://www.obrasilnamissaocontinental.com/
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